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Vinho caro nem sempre é o melhor

Vinho caro nem sempre é o melhor

Quando você sai para comprar um bom vinho, como você determina o que é bom? Esperamos que você não considere o preço do vinho como sendo o fator principal de qualidade.

Como a maioria de nós deve saber, o vinho caro não é necessariamente melhor do que vinhos com preços baixos (e mesmo que fosse, provavalmente você não seria capaz de dizer).

Na verdade, recentemente um sommelier profissional descreveu quais são as características que tornam um vinho de alta qualidade, e o preço não era uma delas.

Diveros estudos tem indicado que preço, qualidade, e apreciação do vinho não tem relação nenhuma. Para efeitos de análise, os vinhos destacados a seguir e considerados como caros variam de R$ 70,00 a R$ 200,00.

Embora existam outras experiências existentes, essa a seguir é uma amostra do que os pesquisadores descobriram sobre vinhos.

 

Somos completamente confiantes do que vemos a nossa frente

Em um experimento de degustação de vinhos conduzida por Frederic Brochet e Denis Dubourdieu em 2001, 54 degustadores descreveram um vinho branco tingido de vermelho por um corante inodoro como sendo vinho tinto. “Pelo fato de terem a informação visual, os degustadores não consideraram a informação olfativa”, escreveram os autores do estudo.

 

Sem uma etiqueta de preço, não temos ideia nenhuma se um vinho é barato

Em um teste cego de degustação, conduzido pelo psicólogo da Universidade de Hertfordshire, Richard Wiseman, da Escócia, foi descoberto que identificar um vinho barato ou um vinho caro tem as mesmas chances do que lançar uma moeda e cair de um dos lados, 50% e 50%.

Etiqueta de preço de vinho

 

Mas quando sabemos que um vinho é caro, nós gostamos mais

Um estudo de 2007, feito por Hilke Plassmann e John O’Doherty, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, juntamente com Baba Shiv e Antonio Rangel da Escola de Negócios de Stanford, descobriram através de ressonância magnética que os degustadores de vinho acreditavam que o vinho mais caro era o mais agradável.

 

Surpreendentemente, revelar o preço de um vinho baixo, não o faz gostarmos menos

Outro estudo descobriu que não há problema em degustar vinhos com um preço baixo: “Nossos resultados sugerem que ao oferecer um vinho ao seus convidados, você pode falar quanto pagou sem problema nenhum. Muito se ganhou quanto o vinho é caro, e pouco se perdeu quando se é barato”, escreveram Johan Almenberg e Anna Dreber da Escola de Economia de Escotolmo em seu estudo feito em 2009.

Também a partir dos mesmos pesquisadores, uma outra conclusão foi tirada no estudo acima: “Falar que o vinho tem um preço elevado antes de prová-lo, faz com que seus degustadores o classifiquem como melhores, embora isso apenas tenho ocorrido para mulheres”.

 

Você poderia argumentar que os vinhos extremamente caros não são para degustadores médios, como todos nós.

Mas em um experimento feito em 2008, que consistia em degustações cegas, os pesquisadores Almenberg e Dreber, do estudo dos preços baixos, juntamente com mais três colegas, descobriram que tanto os preços dos vinhos e as recomendações de vinho feita por especialistas, pode ser consideradas inúteis para quem não é especialista em vinho. Isso porque os profissionais que tem formação em vinho (como os sommeliers), apreciam vinhos mais caros quando desconhecem o preço, enquanto que os degustadores comuns, desfrutam menos.

O valor não monetário de um vinho, provavelmente varia de acordo sobre o quanto você se importa com ele. Por exemplo, o experiente escritor Steve Heimoff publicou uma defesa para se comprar vinhos caros em que ele cita sabor e ausência de falhas, como testamento para vinho caro,  e considera os estudos feitos acima, como ocorrências isoladas.

 

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